segunda-feira, 11 de abril de 2011

O Poder da Alegria





 "O poder da alegria."

O prazer e a alegria surgem toda vez que uma necessidade biológica é satisfeita. O centro de prazer no cérebro é responsável pelas emoções positivas que nos levam a cuidar de nossas necessidades físicas. As emoções positivas não estão ligadas simplesmente ás necessidades biológicas. Richard Lazarus e seus colegas pesquisadores catalogaram fontes de prazer na vida cotidiana, as quais chamaram de excitações. Dentre os participantes da pesquisa, os momentos de excitações e alegria comumente relatados foram: relacionar-se bem com o conjugue ou amante, relacionar-se bem com os amigos, finalizar tarefas, sentir-se saudável, dormir bem, comer bem, cumprir responsabilidades, visitar, telefonar ou escrever para alguém, passear e outros. Durante as experiências culminantes alegres, felizes, as pessoas sentem estar usando a plenitude de suas capacidades, embora pareçam estar fazendo aquilo sem esforço. Elas se sentem espontâneas e naturais, nas palavras de Maslow. Em última estância, acreditavam-no, as experiências alegres e culminantes convencem as pessoas que a vida vale apena viver, embora a vida seja muitas vezes “insípida, prosaica, dolorosa ou não gratificante.” Outros psicólogos descrevem experiências semelhantes (Csikszentmihalyi, 1976).

Em 1979, Norman Cousins, publicou um livro descrevendo como ele usou o riso, o amor, a esperança, a fé, confiança, e a vontade de viver (juntamente com as dores maciças que vinha sentindo de vitamina C) para curar-se de um distúrbio grave e supostamente irreversível do tecido conjuntivo. Os médicos davam a Cousins uma chance em 500 de plena recuperação. Embora os observadores não estejam inteiramente convencidos de que a alegria curou Cousins, seu experimento despertou interesses nos efeitos das emoções positivas. Hoje há evidências a sugerir que o relaxamento e o apoio social aumentam a eficiência do sistema imunológico que reduz o sofrimento em crianças e idosos (Kiecolt-Glaser et al..,1985).

O riso tem uma série de efeitos mensuráveis. Um ataque de riso tem uma série de efeitos, aumenta a atividade do sistema nervoso autônomo, elevando a frequência cardíaca, a transpiração, respiração, e elevação muscular (McGhee, 1983a, 1983b).

Quando paramos de rir, os músculos relaxam e o batimento cardíaco e a pressão sanguínea caem para níveis abaixo do normal, sinais de relaxamento. Evidentemente o riso pode acalmar as pessoas. Alguns psicólogos acreditam que ele melhora a saúde e prolonga a vida. O psicanalista Suíço Carl Gustav Jung afirmava que:
Toda vez que temos vontade de expressar os aspectos positivos internos estamos dando claros sinais de que podemos obter a totalidade psíquica ou, em outras palavras, atingir o estado de plenitude, alegria e felicidade tão bem representada pela criança quando tem todas as suas necessidades satisfeitas, atendidas.

O benefício do sorriso:

Partilhamos a nossa capacidade de rir com os nossos companheiros os primatas. O homem primitivo mostrava seus dentes em sinal de agressão, ameaça ou advertência. Sorrir em conjunto é um modo de fortalecer os laços sociais entre as pessoas, o riso a alegria faz sair de nós mesmos e fornece o contado humano de que necessitamos para sobreviver.

Quando estamos alegres, rindo, fazemos entrar e sair mais ar dos pulmões do que durante a respiração normal e regular. Portanto, quando rimos de alegria, podemos estar introduzindo mais oxigênio no sangue, estimulando a circulação. Estudos comprovam que amostras de sangue colhido enquanto as pessoas estão alegres, rindo, foi notificado que níveis de hormônios eram percebidos por tal estimulação (adrenalina e a noradrenalina). Os benefícios mentais relacionados ao nosso estado de humor estão relacionados à alegria pelo riso. Encarar os problemas de modo divertido quebra a sensação opressiva de tensão que geralmente nos acompanha, tornando a dificuldade repentina controlável.

Psicólogos encaram o bom humor como forma vital de lidar com os problemas do dia-a-dia, o humor em si ajuda a promover a saúde mental, onde pessoas de bom humor têm menos problemas de ordem emocional do que as que sentem dificuldade em sorrir, serem alegres e felizes. A saúde pode promover a física como revelou um estudo norte-americano realizado durante 30 anos. Médicos observaram grupos de homens desde a infância até a meia idade, e descobriram que estes tinham menos doenças depois dos 40 anos. Por outro lado, os que haviam tido problemas emocionais enquanto eram estudantes tinham desenvolvido mais problemas físicos quando atingiram a meia-idade. Cientistas concluíram, a partir desses resultados, que uma boa saúde mental revelada por um bom senso de humor, retarda a deterioração física que vem com a idade. A alegria e o riso é um sinal superficial de algo mais profundo e significativo, ele reflete um modo de sentir, expressar coisas que indicam uma força positiva vinda do seu intimo.

O poder da alegria

A alegria e o entusiasmo levam as pessoas a patamares mais elevados, onde vislumbram imensas possibilidades. A alegria é uma grande fonte de criatividade. O entusiasmo motiva o ambiente promovendo uma transformação no lugar, no entendimento das pessoas. (Solange Gardesani Luz, São Paulo, 1985).
A criatividade promovida pela alegria sempre busca novas informações, mudanças de pensamentos, busca por melhorias, cria algo, exercita a imaginação, a intuição, liberdade e não a censura, repensa as decisões e transforma as ilusões em ações. (artigo de Mª Inês Filippe, Ed 2004).

Profissionais da área de estética facial comentam há muito tempo sobre a movimentação dos músculos da face, eles se movimentam mais e melhor quando estamos alegres. Ser sério demais produz rugas na face e também na alma. Para sermos alegres é preciso abrir o coração e permitir olhar dentro dele. “Vinicius de Morais poeta, “afirmou:” È melhor ser alegre que ser triste, que a alegria é a melhor coisa que existe.”

É fácil perceber que em alguns locais, nos sentimos mais alegres, e em outros nos causam certo incômodo que tendem a nos entristecer. Espiritualmente falando, isso ocorre porque o ambiente são criados pelas pessoas e suas energias, e estas ás vezes não valorizam a alegria como deveriam, talvez porque achem que há coisas mais importantes. Uma família alegre não esta livre de acontecimentos ruins, uma perda ou dificuldade, a grande diferença esta no poder que damos as experiências desagradáveis.

Pessoas positivas enfrentam melhor a tristeza e perda, e se recuperam mais rápido, pois onde há alegria, há disposição, amor, felicidade e outros tantos sentimentos fortalecedor, ressaltando que pessoas assim não atribuem culpas a ninguém, mas entendem que faz parte da vida as dificuldades para ultrapassá-las e sair dela fortalecido. Todos nós de igual forma enfrentamos problemas e adversidades, é bom que seja assim, pois então de outra forma baixaríamos a cabeça como sinal de derrota. Nietzsche diria: “O que não me mata, me fortalece.” È possível enfrentarmos os problemas com alegria ou não, tudo depende de uma escolha. Quando Beethoven escreveu sua sinfonia mais empolgante (a nona) tratou logo de colocar um coral para cantá-la, dedicado à alegria. Em umas das passagens mais belas desta sinfonia, o compositor pede à alegria que ela “aproxime aqueles que as leis dos homens separam.” Linda e importante reflexão. Vivemos em um mundo onde há tantas coisas nos afastando, onde podemos nos unir através da alegria. Só depende de nós!

A importância do bom Humor:

Pesquisas apontam que há anos, era difícil afirmar que existia uma forte vinculação direta entre o humor e a boa saúde era quase uma heresia para a ciência. Hoje em dia, a medicina em geral e a psiquiatria, em particular, estudam muito a importância da alegria e bom humor, dos bons sentimentos, da afetividade sadia na qualidade de vida e na saúde global das pessoas. Sobretudo, na prevenção de doenças e como fator de melhor recuperação de moléstias graves, entre ela o câncer. Já não existe dúvida que existe estresse, seja ele físico ou de ordem emocional, e a saúde orgânica, incluindo o sistema imunológico. Pesquisa desta natureza dedica-se uma parte bastante nova da medicina moderna por nome: Psiconeuroimunológica, ou seja, ela estuda a maneira pelo qual as emoções influenciam no sistema imunológico das pessoas. Este estudo vai ao mecanismo de interação e comunicação entre a mente e os três sistemas responsáveis em manter o organismo equilibrado, são eles: O sistema nervoso, o imunológico e o endócrino. As investigações sobre o bom humor para a saúde são mais recentes e menos numerosas que os estudos sobre os efeitos danosos da tristeza, angústia e da raiva (psicossomática). Os efeitos do bom humor sobre a saúde física são tão evidentes que uma boa e sincera risada pode ser tão importante quanto uma sessão de ginástica. Na doença psicossomática a medicina se preocupou, até agora, em mostrar os mesmos resultados de maneira inversa, ou seja, mostrando as relações entre determinadas emoções e a ocorrência de doenças cardíacas (psicossomática cardiológica).

Na década de 1940, o doutor Flanders Dumbar já descrevia algumas características de humor e comportamento do paciente coronariano. Dizia ele que: observou grandes números de pacientes sofrendo das coronárias por serem compulsivas, com tendência ao trabalho contínuo, hiperativo, que desprezam férias e não dividem responsabilidades, além de negarem estar emocionadas e depressivas. A conclusão de toda esta informação é que a alegria, otimismo, bom humor causam um impacto sobre a longevidade, que equivale aos benefícios de não fumar, nem beber e manter a pressão arterial em patamares saudáveis.

O sentimento positivo na vida humana tem efeito multiplicador, vindo facilitar o relacionamento entre as pessoas. Já esta comprovada que uma convivência alegre, tranquila, calma com amigos, vizinhos, e família de modo geral fazem bem á saúde. “A alegria dilata e aquece o organismo (diziam os médicos do século XVI) já a tristeza contrai e esfria todo corpo”. “A alegria não se mantêm sempre”. Ela surge colore o mundo e harmoniza todas as coisas fora do lugar. (artigo-psiqweb, o impacto do bom humor-revista veja. 2002).

Felicidade na visão de Freud

Freud depois dos 40 anos de pesquisa fala sobre a mente humana, trabalhando com milhares de pessoas e as observando perturbadas, chegou a conclusão que a felicidade é uma ficção: “ O ser humano não pode ser feliz.” No máximo, podemos tornar as coisas um pouco mais confortáveis, e isso é tudo. No máximo, podemos também diminuir um pouco a infelicidade, e isso é tudo. O ser humano segundo Freud não pode ser completamente feliz.

Parece muito pessimismo, mas ao observar a humanidade, parece que é isso mesmo que acontece. Somente os seres humanos são infelizes; algo, lá no fundo, saiu errado. Os seres humanos podem ser felizes, alegres bem mais do que os pássaros, mais do que as árvores, mais felizes do que as estrelas, pois os seres humanos têm consciência.
Mas, quando você tem esta consciência, duas alternativas são possíveis: você pode ficar feliz ou pode ficar infeliz, a escolha é sua. Os animais, as árvores estão sempre alegre, felizes, por não terem escolhas e não conhecerem outra maneira de ser, sua felicidade é inconsciente, é simplesmente natural.

Observe as pessoas falando dos seus tormentos, como elas ficam felizes! Elas pagam para isso, vão aos psicoterapeutas para falar de suas aflições e pagam por isso! Alguém as escuta atentamente, e elas saem daquele lugar, felizes, alegres e soltas. As pessoas falam de suas aflições repetidamente, elas até mesmo exageram, as enfeitam, fazem com que pareçam maiores do que são maiores que seu tamanho natural. Por quê? Você nada tem para colocar em risco, exceto sua aflição, mas estas pessoas se apegam ao conhecimento familiar. A aflição é tudo o que elas conhecem; essa é a vida delas, nada a perder, mas com muito medo de perder. Ninguém pode decidir ser feliz, ser alegre por você. A vida vem a você de maneira como sua natureza e você desejam que seja; ela conhece apenas o seu desejo o seu endereço (interior), mas você muitas vezes não é encontrado ali (ausente), pois vez ou outra você se encontra em outro lugar, escondendo-se por trás de uma máscara, com a roupagem de outra pessoa, sobre o nome de outra pessoa.

A alegria X felicidade

A alegria, muitas vezes foi mal compreendida, julgada como sendo coisas de criança, pelo modo espontâneo efetivo de uma pessoa quando esta feliz. Porém, acreditem ou não, é essa energia por nome alegria que nos movimenta , faz ter saúde, dependendo do nosso olhar faz vencer na vida mediante resultados significativos, faz também conseguir coisas desejadas onde nos projeta a planos superiores.
Não se pode confundir felicidade como algo que é vivido o tempo todo dentro de uma escala progressiva, ninguém é feliz o tempo todo, existem momentos felizes, a alegria é um tanto diferente, podemos estar alegres no trabalho, enfrentando problemas, tudo irá depender do olhar e da forma de interagir com as adversidades no momento. A única coisa que drena, esvazia, infelicita e capta esta energia chamada “alegria” somos nós mesmos por nossa ignorância em aplicarmos o olhar certo na direção correta dos fatos. Das coisas que sempre fazemos e perdemos esta energia podemos citar: o medo, o sentimento de auto-suficiência, o sentimento de vítima, a inveja, e culpa. Crenças errôneas podem nos afastar de termos uma alegria e uma vida melhor e plena por meio da falta de um conhecimento dirigido correto. Meu pensamento forte dirigido neste contexto diz: ”Se tivermos uma alegria do tamanho de um grão de mostarda é possível iluminar uma vida sem luminosidade” Para aprofundar este tema é preciso mergulhar em nossas experiências e em nós mesmos e nos perguntarmos: O que me trás alegria?
A resposta será dada no momento que nosso foco, direcionamento e nosso olhar estiverem fixados nas coisas boas e positivas não apenas em nós, mas também no outro que esta interagindo conosco, em suas debilidades ou não. Tudo depende do foco e do nosso olhar.
A felicidade pode ser perdida por não ser algo contínuo, constante onde alguns teóricos falam que ela é algo abstrato que se desfaz com uma palavra mal colocada, uma postura errônea e outras coisas mais, já a alegria quando bem compreendida pode nos levar a termos momentos dentro de uma constante serenidade. O problema da alegria é podermos manter esta energia independente das circunstâncias em volta de nós.
Se a ignorância traz a falta do conhecimento sobre alegria, o conhecimento dela nos trará maiores abundancia dela, o homem perde tempo tentando ser feliz o tempo todo pelo método mais penoso de tentativas e erros, por não entender que o princípio legal deste mover estar dentro da frase de Sócrates: “Conhecer-te a ti mesmo.”

O lado mascarado da alegria

Caminhamos todos de forma mascarada na vida. Andamos pelo mundo em aparências e escondendo, o quanto podemos, e o que somos, uns se mascaram de bons, e praticam atos de piedade, já outros de cruéis, de tanto desejarem parecer implacáveis, acabam adquirindo, na própria natureza o que ostentam. Alguns tornam a afeição de uns usando máscaras da arrogância, ditador e outros vão impondo aos crédulos suas razões e suas leis. Estes personagens, nas horas de solidão e de consciência alegram-se do efeito que provocam. Alguns deste personagem mascarados se sentem alegres por terem alcançados os seus desígnios, outros experimentam o terror ao serem descobertos. Há personagens que se fantasiam de valentes e põem sua máscara na voz que exibem, na postura, de forma imperativa e densa em ameaças. Os ambiciosos se valem da máscara de desinteresses, da cortesia modesta, tudo aceitam como se pusessem aos ombros a cruz do maior sacrifício. Estes tais dissimulam a alegria das conquistas que fazem com o gemido e com a tristeza nos olhos de quem os aceitam. Mas por trás desta máscara, brilham-lhes os olhos da cobiça satisfeita. Há mascarados lúcidos. Sabem que compuseram certa e especial afeição e cuidam para que a hipocrisia não lhes caiam do rosto, outros, porém, não sabem que caminham de máscaras atreladas e se surpreende quando diante do espelho se dão conta que não exibem a fisionomia verdadeira.Alguns que vivem longamente mudam como passar do tempo de máscaras. Há, porém, pessoas mascaradas que não mudam jamais, passam a vida espalhando, no seu rosto as mesmas coisas, e acabam sempre com grandes dificuldades para se livrarem da face falsa. Tais elementos que vivem de forma mascaradas sentem alegria e prazer projetando o mal contido dentro de si através do engano. Assim são os psicopatas, eles produzem um mecanismo de conquista para aplicação de seu mórbido prazer e satisfação, revelando o lado avesso da alegria.

A cura pode ser através da alegria

A alegria pode ajudar a curar estados mentais tais como: ansiedade, excesso de seriedade e raiva, estimular a produção positiva de lágrimas e também trazer esperança, otimismo, e amor. Ela pode incentiva o eu a ter mais saúde, felicidade e bem estar. O uso saudável do mesmo pode em resultar em defesa psicológica e espiritual contra distúrbios físicos, emocionais e mentais. Segundo o poeta americano Henry Wadsworth Longfellow, a “alegria” moderação e repouso são antídotos contra médicos. A alegria é a música da alma e um verdadeiro cântico religioso. Em estarmos alegres, felizes, fortificamos e nos protegemos, assim encontraremos forças para superarmos os obstáculos trazendo alívio para o cansaço. Ser alegres nos ensina muito (rir é o melhor remédio)

A alegria na aprendizagem

Considerando a importância desse momento e de outros tantos aspectos nele envolvidos. É a fase das garatujas, desenhos, onde muitos educadores não percebem ou ignoram a importância desta fase no desenvolvimento da criança. A criança quando desenha, pode transcrever para o papel o seu cotidiano, a sua vida, a afeição que tem pelo seu próximo os seus sentimentos, coisas que a angustia ou que a faz feliz. Por isso o ato de desenhar é tão importante e necessário. Pois manifesta o medo, a opressão, a alegria, a curiosidade, a afirmação. É uma constante troca de conhecimento e aprendizado. Mas para este aprendizado realmente acontecer tem que haver trocas, trocas de conhecimentos, de amor, de afeto de alegria pela realização de um aprendizado, e não apenas ser, um passar de conteúdos desde a educação infantil ao fundamental e que realmente os alunos possam ter prazer em aprender. Pois a aprendizagem não significa apenas repassar informações ou mostrar um caminho a trilhar, onde o professor julga ser o certo. Aprendizagem é ajudar o educando a tomar consciência de si mesmo, dos outros e da sociedade em que vive, bem como de seu papel dentro dela. É saber aceitar-se como pessoa e principalmente aceitar ao outro com seus defeitos e qualidades. É, também, oferecer diversas ferramentas para que a pessoa possa escolher o seu próprio caminho a percorrer, entre muitos. Determinar aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. O professor é, sem dúvida, a peça mestra nesse processo de educar, pois ele é o mediador desses conhecimentos. Portanto para que haja esse processo educativo efetivo, é necessário que algo mais permeie essa relação aluno-professor. É esse algo a mais que falta em diversas escolas. A afetividade foi e continua sendo uma relação mais estreita entre o educando e o educador. Pois se acredita que a interação afetiva auxilia mais na compreensão e na modificação das pessoas do que um raciocínio brilhante, repassado mecanicamente.

A afetividade ganha mais espaço e mais valorização dentro do processo de ensino aprendizagem quando se menciona e se integra o lúdico no desenvolvimento do ser humano, para que seja possível construir por meio da alegria e do prazer de querer fazer. O jogo e a brincadeira estão presentes em todas as fases da nossa vida, tornando especial a sua existência.

Assim como o aluno precisa aprender a ser feliz e descobrir o prazer em aprender nós educadores temos o dever de sermos felizes e de transmitir tal felicidade para que contagiemos os ossos alunos.

Podemos perceber vivenciando o assunto, que na maioria das vezes não ocorre à afetividade nas escolas, pois o aluno é visto como mero objeto de aprendizado, ou seja, um ‘lugar’ onde o conteúdo deve ser depositado.

Precisamos quebrar os paradigmas e pensar na alegria e satisfação educacional como um todo, um todo formado de emoções, sensações e amor. Por isso é necessário que deixemos um pouco de passar apenas os conteúdos e passemos a pensar na criança e no seu contexto de vida. E passar a enxergá-lo de forma especial.

Segundo Celso Antunes (2002), “o professor é o único no mundo que tem argila com a qual se moldará o amanhã!” E por isso precisa refletir sobre as ferramentas e crenças que balizam suas ações, verificando melhores caminhos no processo do ensino aprendizagem.

Os professores precisam valorizar estas propostas, as atividades lúdicas e passar a acreditar que as mudanças existem e podem acontecer seja ela uma simples brincadeira, um faz-de-conta ou o jogo com regras. Pena que no Ensino Fundamental a brincadeira e o jogo perdem todo o foco e passam a ser meramente atividades recreativas, como observamos na maioria dos casos e na maioria das escolas atuais.

Todo aluno que sente satisfação pela escola, com certeza irá dedicar-se com mais ênfase nas suas tarefas do dia a dia escolar, pois certamente ele estará ciente que o seu sucesso no futuro depende muito desse empenho. Portanto, entendemos que a escola alegre e atrativa é fazer externar os alunos as suas potencialidades, tornando-os mais receptivos, capazes e comprometidos. Olhara escola por uma perspectiva, que não a das obrigações impostas, é tarefa para todos educadores compromissados com esta prática pedagógica.

Rubens Alves faz uma reflexão sobre as crianças dizendo:
“Que os mestres se transformem em aprendizes, que os adultos se disponham a aprender das crianças. Uma filosofia da educação às avessas” (p40). “Nós precisamos esquecer o aprendido que nos fez adultos para se ver o mundo com novos olhos” (p42).

Portanto a criança aprenderá com mais eficácia com este olhar diferenciado, com essas ferramentas úteis e necessárias no desempenho cognitivo da criança. Este deverá ser o objetivo principal do professor, despertar o interesse pela aprendizagem, com prazer e amor, levando aos alunos o descobrir pelas coisas talvez já adormecidas no seu interior, resgatando e dando possibilidade a imaginação deste aluno, fazendo percorrer caminhos novos, tornando-se critico, e livre para expor suas ideias e seus pensamentos.

O ato de educar exige segurança, competência profissionalismo, comprometimento e também generosidade tudo baseado em amor.

A alegria de ser professor é poder ensinar os alunos a caminhar por passos firmes e seguros, e prepará-los para o desconhecido. O mestre é aquele que consegue despertar em um ser o prazer pela a aprendizagem. Este sim é o verdadeiro mestre dentro de suas limitações tem amor e prioriza o que faz.

Alegria e otimismo

A alegria é sempre curativa, o otimismo, sempre consolador. O trabalho encerra maravilhas; dinâmica extraordinária. Melhora a saúde, tonifica a alma, enobrece o indivíduo, estimula a sociedade, ela o homem e faz progredir o mundo.

A alegria transmuta os venenos do organismo em elementos álibis a favorece as trocas biológicas do corpo.

A alma floresce com alegria sadia e natural, filha da saúde do corpo e do equilíbrio do nosso sistema nervoso. A tristeza da alma constitui veneno terrível para as células cerebrais e de todo organismo. A raiva, o ódio e a vingança são tóxicos demonstrados, para o funcionamento de todos os órgãos do corpo humano. O contato do homem com a natureza o faz, naturalmente, alegrar-se. O mar, o sol, a brisa, a vegetação, o céu azul e luminoso, a paisagem, enfim, todos os elementos da natureza produzem no corpo e na alma metamorfose salutares admiráveis. A festa da natureza entra-nos dentro da alma como energia benfazeja e salutar.

A saúde constitui condão precioso que predispõe ao otimismo de viver. Por meio de coisas simples, vinda de uma ótica otimista, e recheada de alegria podemos ser então felizes.






Considerações Finais
A alegria é uma produção de acontecimentos internos e externos, onde sinaliza movimento subjetivo, de grande ou de pequeno impacto em alguém ou situações, em forma particular ou coletiva por algo positivo.
O florescimento de nossa essência convoca a nossa atenção por precisarmos entrar num portal, ou seja, nos limites entre o tangível e o intangível em se tornarem tênues entre se. Transcendemos por nossas escolhas a força do medo, do sofrimento e do ódio, deixando para trás de nós o drama da vida, através de um olhar apurado pela alegria e o prazer em estarmos vivos nesta plataforma chamados á vida.












Pesquisa feita por Santos Cirleide,aluna de Psicologia- Fac. Esuda 2010.
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Referência Bibliográfica:

ALVES, Rubem. A alegria de ensinar. 3 ed. São Paulo: ARS Poética Editora, 1994

ANTUNES, Celso. Alfabetização emocional. São Paulo: Terra, 1996.
CLARET, Martin. Coleção pensamento de sabedoria – A essência do riso. ed. Martin Claret, São Paulo, 1998
DAVIDOFF, Linda L. Introdução à Psicologia. Ed. MAKRON Books, São Paulo, 2001.

FREIRE, Paulo. (1997). Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

LOTUFO, Paulo. Sabedoria Universal. ed Brasipal, 1980.
OSHO. Alegria – A felicidade que vem de dentro. 2ªed. Cultrix, São Paulo 2006,
Revista Eletrônica Saberes da Educação – Volume 1 – nº 1 - 2010
SCHIMDT, Augusto Frederico. Saudade de mim mesmo: Uma antologia da prosa, ed. Globo, São Paulo 2006.
Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. 7 ed.